1 - Faz bem para a saúde do bebê.
Verdade. Por ser rico em água, proteínas e sais minerais, o
leite materno contém todos os nutrientes que o bebê precisa consumir
até o sexto mês de vida. Ele ainda ajuda a desenvolver o sistema
imunológico da criança e é o recurso mais eficiente para protegê-la de
alergias e infecções nos primeiros meses. Além disso, o ato de sugar
trabalha toda a musculatura facial, o que facilita o desenvolvimento
correto da arcada dentária. Já está comprovado que crianças que mamam
regularmente até os seis meses falam, respiram e mastigam melhor que as
demais, além de sofrerem menos com cólicas e de seu intestino funcionar
de forma mais regular. Pesquisas também mostram que amamentar faz muito
bem para a saúde da mãe e diminui as chances de ela ter câncer de mama
ou de ovário.
2 - Meu leite é fraco.
Mito. Cada mãe produz o leite adequado para as necessidades de seu
bebê, então, se a criança mama regularmente e está ganhando peso, a mãe
pode ficar tranquila. O que acontece é uma confusão, já que o leite
materno é menos encorpado e mais claro que o leite de vaca, mas isso não
impede que seja rico em nutrientes.
3 - Estresse e nervosismo atrapalham a produção de leite.
Verdade. Mães que estão passando por situações de estresse ou muita
tensão produzem uma quantidade anormal de adrenalina, que bloqueia a
oxitocina, um dos hormônios que influenciam na amamentação. Por isso,
elas tendem a produzir leite em quantidade insuficiente. Nesse caso,
vale a pena consultar o pediatra sobre a possibilidade de usar
complementação.
4 - Amamentar dói.
Nem mito, nem verdade. Isso varia conforme a sensibilidade da mãe,
mas grande parte não sente nada. Nos primeiros dias, é comum a mama
ficar inchada, o que deixa a região dolorida. Fora esse período,
normalmente a mulher não sente dor. Caso haja incômodo nos seios, é bom
procurar orientação profissional porque provavelmente o bebê não está
mamando de maneira correta, o que deve ser corrigido para acabar com a
dor.
5 - É um ótimo anticoncepcional.
Nem mito, nem verdade. A amamentação aumenta a produção de
prolactina, hormônio que inibe a ovulação. Mas vale uma ressalva: o
efeito anticoncepcional só vale nos casos em que o bebê mama
regularmente – sempre a cada duas ou três horas, todos os dias,
inclusive de madrugada. Quando a criança começa a espaçar os horários, a
mãe precisa voltar a tomar anticoncepcionais. Hoje, há produtos
compatíveis com a amamentação, que podem ser receitados pelo
ginecologista.
6 - Silicone atrapalha a amamentação.
Mito. Nem implante de silicone nem mamoplastia comprometem a
produção de leite ou costumam interferir na amamentação. Mesmo assim é
bom avisar ao cirurgião plástico, antes da cirurgia, que você ainda
pretende ter filhos. Assim, ele pode escolher a técnica de colocação dos
implantes que afete menos a amamentação. Também é bom alertar o
pediatra sobre a cirurgia, o que o ajuda a ter cuidado redobrado no
acompanhamento do peso do bebê.
7 - Pegar sol nos seios ajuda.
Verdade. O contato com os raios solares aumenta a produção de
vitamina D no corpo, o que fortalece a pele do seio e ajuda a evitar e a
cicatrizar rachaduras nos mamilos. O ideal é começar a tomar sol ainda
durante a gestação e manter o hábito durante o período de amamentação,
por dez minutos, duas vezes ao dia, antes das 10 horas ou depois das 16
h.
8 - Exige uma série de adaptações no cardápio da mãe.
Mito. A recomendação é que a mãe siga um cardápio variado, rico em
verduras, legumes, frutas, cereais integrais e carnes magras e pobre em
produtos industrializados, gorduras, açúcares, sódio e condimentos. A
única ressalva vai para leite e derivados e chocolate. O ideal é não
abusar, já que eles geram cólicas no bebê.
9 - O tipo de parto interfere na amamentação.
Mito. Tanto mulheres que fizeram cesariana quanto as que tiveram
parto normal podem amamentar, e a anestesia não influencia no
processo de produção de leite. O que pode influenciar é que, no caso de
mães que estão sentindo muita dor – devido a problemas de cicatrização,
por exemplo –, há uma demora maior na descida do leite para os seios.
Mas, na maioria dos casos, entre o terceiro e quarto dia após o parto, a
mulher já tem leite suficiente para amamentar o bebê normalmente.
10 - Acelera a perda de peso da mãe.
Verdade. Mantendo uma dieta rica e balanceada, a mãe que amamenta de
maneira exclusiva nos primeiros meses volta mais rapidamente ao seu peso
normal, já que o corpo gasta cerca de 700 calorias todos os dias
somente para produzir leite para o bebê. Mas vale uma ressalva: não
adianta comer demais ou errado. A amamentação ajuda, mas não faz
milagres, e é preciso seguir uma dieta balanceada. A mãe ainda tem menos
risco de hemorragia pós-parto e sofre menos com cólicas, já que,
durante a amamentação, o útero se contrai e vai voltando ao normal.
11 - A criança deve mamar a cada duas ou três horas.
Mito. Não há uma regra e a periodicidade varia conforme o bebê. A
única recomendação é que a mãe ofereça o leite em “livre demanda”, ou
seja, toda vez em que o bebê sentir fome. Algumas crianças, com o passar
das semanas, vão criando seu próprio horário e é comum quererem mamar a
cada duas ou três horas, mas é importante que a mãe não restrinja a
amamentação caso o bebê prefira mamar em um intervalo maior ou menor de
tempo. De qualquer forma, é bom ficar de olho: se ele quer mamar a cada
hora, é provável que esteja ingerindo pouco leite e é bom pedir
orientação a um profissional para identificar o problema. Outra ressalva
é que bebês que dormem demais devem ser acordados a cada quatro horas
para mamar. Isso evita casos de desidratação, icterícia e hipoglicemia.
12 - É preciso revezar os dois seios para amamentar.
Mito. O ideal é que a mãe não interrompa e deixe o bebê mamar à
vontade no primeiro seio. Isso é importante porque somente depois de
alguns minutos o bebê consegue atingir o leite posterior, uma porção
rica em açúcar e gordura que ajuda a criança a se saciar mais rápido e a
ganhar peso. Se ele não chega a essa parte, acaba sentindo fome mais
rapidamente e tende a acordar várias vezes ao longo do dia para mamar de
novo. Caso ele se sacie com somente um seio, ela pode fazer a retirada
do leite da outra mama, para não sentir dor, e fazer a doação desse
material.
13 - Amamentar aumenta os seios, mas os deixa caídos e flácidos.
Nem mito, nem verdade. Isso varia conforme o corpo da mulher, mas
existe uma tendência de os seios ficarem flácidos não pela amamentação,
mas pelo próprio processo de mudança do corpo que acontece durante a
gravidez, pois a mulher ganha peso durante a gestação e, quando volta ao
peso normal, é comum a pele apresentar flacidez. Também não é regra que
os seios vão ficar maiores do que antes da gestação. Há casos de
mulheres que chegam a ganhar dois ou três números na medida do sutiã
depois de amamentar, mas também é comum o inverso e os seios ficarem
menores do que antes.
14 - Produzo leite demais (ou de menos).
Nem mito, nem verdade. Na maioria dos casos, a quantidade de leite
produzida pela mãe é a ideal para satisfazer o bebê. Porém, algumas
mulheres produzem um pouco a mais, e esse excedente deve ser sempre
retirado da mama para evitar dor e desconforto. Uma opção é doá-lo para
bancos de leite. Em Curitiba, um dos principais é o do Hospital de
Clínicas (HC). O oposto também pode acontecer. Cerca de 2% das mulheres
produzem menos leite que o ideal, ou por situações de estresse, por
problemas de saúde ou devido a uma combinação de alimentação errada e de
falta de repouso.
15 - Amamentar é fácil.
Mito. Amamentar é cansativo e exige muita paciência, principalmente
no início, até que a mãe se recupere do parto e ela e a criança se
adaptem ao processo, mas vale a pena. Uma dica para tornar esse momento
mais fácil é participar de um curso para gestantes, ainda durante a
gravidez, para tirar dúvidas e aprender detalhes que ajudam na rotina
com o bebê.
16 - Fortalece o vínculo de mãe e bebê.
Verdade. Quem já amamentou sabe: esse momento rende uma troca de
carinho grande entre mãe e bebê e fortalece os laços entre os dois.
Segundo as especialistas, mesmo mulheres que passaram por gestações
difíceis – inclusive as que estavam frustradas com uma gravidez
não-planejada –, tendem a se apegar ao bebê quando começam a amamentar.
17 - Canjica e cerveja preta aumentam a produção de leite.
Mito. Não existe relação entre a ingestão de alimentos e o aumento ou
diminuição da produção de leite. O que aumenta a quantidade de leite é a
sucção regular da criança, portanto quanto mais ela mamar, mais leite a
mãe vai produzir. Como o estado psicológico da mãe também influencia,
vale a pena ficar calma e aproveitar a hora de amamentar para ouvir uma
música, ler e ficar em um ambiente arejado e tranquilo.
18 - Quem volta ao trabalho após a licença-maternidade precisa parar de amamentar.
Mito. Isso é relativo. A lei garante que a mãe pode sair uma hora
antes do trabalho ou realizar um intervalo especial para amamentar até o
sexto mês. Outra opção é retirar o leite anteriormente, armazená-lo em
recipientes higienizados e refrigerá-lo. Ele pode ficar guardado por 12
horas na geladeira e até 15 dias congelado no freezer. Para descongelar,
basta deixá-lo em temperatura ambiente por algumas horas ou usar
banho-maria.
19 - Amamentação deve ser exclusiva até os seis meses.
Verdade. O ideal é que a criança seja amamentada de maneira exclusiva
até os seis e passe a mamar de maneira esporádica até os dois anos.
Nesse período, a mãe deve intercalar a oferta de alimentos pastosos,
sólidos e outros líquidos – é bom pedir orientação ao pediatra sobre as
melhores opções –, e deixar o leite materno para períodos específicos,
como só pela manhã ou antes de dormir.
20 - Existe uma posição ideal para amamentar.
Mito. A posição ideal é aquela em que a mãe e o bebê se sentem
confortáveis, mas algumas dicas ajudam nesse momento. O melhor é que a
mãe amamente sentada, segure sempre o bebê com a cabeça em seu cotovelo,
leve a criança até a altura da mama e a mantenha bem próxima do seio,
com a boca de frente para o mamilo. Note se a criança está com a boca
bem aberta, com os lábios virados para fora e abocanhando a auréola, e
não só o bico do seio, o que ajuda a tirar a quantidade de leite
adequada.
Fonte:wwwgazeta.com.br
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