Já parou para refletir o quanto Jesus nos dias atuais às vezes parece perder a sua “fama” em meio aos jovens e entre algumas pessoas? Se Deus é imutável, o que tem feito ou estimulado tamanha mudança de pensamento e desvio do desejo Dele?
Se refletirmos um instante, perceberemos que, se não foi Deus quem mudou, então foram os homens que mudaram.
Foi o pensamento humano que influenciado por diversos fatores deixou de buscar a Verdade eterna, para buscar muitas vezes verdades que condizem ou satisfaçam seus desejos carnais e temporais.
Pouco se vê as tão piedosas mulheres que iam à igreja fazer suas orações de maneira tão respeitosa, usando as insígnias que representavam as “Filhas de Maria” para as jovens, e o “Apostolado da Oração” para as senhoras ou os senhores que eram tão conhecidos pela forte devoção a Maria e não tinham vergonha de se mostrar membro da “Congregação Mariana”. A impressão que se tem é que se perderam esses hábitos.
Sempre gostei de ouvir minha falecida avó contando as histórias de seu passado, como ela conheceu meu avô na “quermesse da igreja”, como eram as Missas antigamente, com o padre de costas; ela dizia que poucos entendiam o que o padre dizia e a resposta era basicamente o “amém”. Ela me contava das “rezas dos terços”, das novenas que sempre terminavam com um chazinho no sítio do vizinho que ficava muitas vezes longe de casa. Ouvia essas histórias e imaginava aquelas pessoas que, em tempos tão difíceis, não hesitavam em buscar a Deus mesmo com todo o cansaço da lida diária na “roça”.
Essas pessoas que viviam na mesma época de minha avó, hoje estão vivendo sua respeitável velhice, porém ainda vivem de maneira piedosa e rezam seu terço. Mas o que acontece com os jovens de nossa atualidade, porque será que não têm o mesmo ânimo de nossos antepassados? O que faz com que o jovem seja mais atraído para o mundo e menos para Deus?
Pensando sobre o assunto, percebe-se que o que falta atualmente é a virtude da PACIÊNCIA. Estamos tão acostumados, devido à tecnologia, a ter tudo tão rápido, que já não temos paciência de esperar o tempo de Deus para nossa vida, não conseguimos pedir a Deus aquilo que precisamos e aguardar o retorno Dele, sempre achamos que Ele demora. Devido a essa falta de paciência, por sempre nos vermos sem tempo, de sempre vivermos em função do relógio, buscamos as soluções mais rápidas, que na maioria das vezes estão no mundo, e por isso parecemos fugir de Deus.
*Danilo Xavier de Morais
*Seminarista do 2º ano de Filosofia Arquidiocese de Maringá.
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